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Para pagar as despesas médicas da avó, ela concordou em vender seu corpo para o CEO, alegando que o relacionamento entre os dois era apenas físico e poderia terminar a qualquer momento. Mas no fim, ele não queria deixá-la ir...
=====
-- Senhorita Phillips? Aqui é Heidi Williams. A senhorita foi selecionada para o cargo de secretária temporária na MacGyver & Co. Esperamos pela senhorita na segunda-feira. Amanhã, por gentileza, leve seus documentos até o RH, no mesmo prédio no qual a senhorita fez a entrevista. Seja bem-vinda! -- A voz gentil e amigável de uma mulher falou do outro lado da linha assim que Vasti atendeu ao telefone.
-- Oh, minha nossa. é… Obrigada. Obrigada! -- Vasti não conseguiu segurar o sorriso e logo, a ligação foi finalizada.
-- Boas notícias, senhorita? -- O idoso que dirigia o táxi perguntou, olhando pelo retrovissor.
-- As melhores! Eu consegui um emprego! -- Vasti respondeu, emocionada.

"Agora eu vou poder ajudar melhor a vovó!"

Vasti Ramona Phillips era com certeza uma moça determinada. Ela conseguiu uma bolsa de Secretariado em Cambridge. Era uma bolsa de 50%, então, ela teve que trabalhar para pagar o restante. Definitivamente o pai dela é quem não iria pagar. O esforço dela era mais para cuidar da avó do que dela mesma.

Os pais de Vasti, ou Vee, como ela preferia ser chamada, se conheceram ainda jovens, a mãe dela com apenas dezoito anos. Ela trabalhava na casa dos Scott, quando se apaixonou pelo filho dos patrões. O resultado não poderia ser pior: ela engravidou, foi chutada da casa e Dimas se casou com outra mulher. Como Alissa havia falecido, por um último resquício de moral dele, ele não cortou contato com a avó da criança, Janete. Mas ele não as sustentava, no máximo, dava uma pequena ajuda a fim de que não morressem de fome quando a situação ficava extremamente complicada.

-- Meus parabéns! -- ele disse. O carro parou poucos minutos depois e Vasti não conseguia se conter de alegria. No dia seguinte, após ir ao RH, ela decidiu que passaria no hospital e contaria para a avó.

Vasti fechou os olhos e se lembrou da conversa que teve com o pai minutos antes.

FLASHBACK

-- Muito bem, eu vou cuidar dessa velha. Mas você, Vasti, não se atreva a abrir o bico! Se você o fizer, eu juro que eu vou garantir que ela receba outro tipo de tratamento! -- O homem de olhos azuis gélidos falou, com desdém.

Vasti abaixou a cabeça, sentindo-se humilhada e impotente. Ela odiava pedir qualquer coisa a ele e evitava ao máximo falar com Dimas Scott. Nem mesmo o sobrenome ele havia dado a ela.

--Pode deixar. Eu vou ficar calada -- Vasti prometeu, séria. Ela era a filha bastarda de um homem importante. Se a mídia soubesse que ele teve uma filha e não a assumiu, seria um escândalo e o nome dele estaria manchado.

--Ótimo. Agora, pode ir embora! -- Dimas não era o homem mais carinhoso do mundo, mas com Vasti, ele era pior ainda.

A moça concordou com a cabeça e se foi.

"Mas que inferno! Porém, vale a pena. É pela vovó!", ela pensou, enquanto saia pela porta dos fundos da residência dos Scott, na Blenheim Crescent, e chama um táxi por aplicativo, a fim de voltar para o humilde apartamento que ela alugava, na Acton. Era o bairro mais barato e com facilidade de locomoção que ela conhecia.

FIM DO FLASHBACK

Uma vez formada, Vasti acreditou que tudo se endireitaria, até que veio a doença de Janete. Os rins não funcionavam muito bem. Não mais.

-- Eu vou conseguir um bom trabalho! -- ela prometeu à idosa. Isso foi há quase um mês.

Depois de fazer vários bicos, Vasti finalmente resolveu se humilhar para Dimas. Inicialmente, ele se recusou a ajudar, mas quando ela mencionou sobre falar para o mundo todo quem era o pai dela, ele cedeu. Vasti se sentiu baixa ao fazer isso, mas não viu outra alternativa, já que ela não tinha credibilidade suficiente para conseguir um bom empréstimo. Ainda.

No dia seguinte, Vasti acordou muito cedo, se arrumou formalmente, pegou a pasta com os documentos dela e foi para a companhia que, pelo menos pelos próximos seis meses, seria seu novo local de trabalho.

Ao chegar lá, ela foi direto para o andar do RH e esperou pacientemente na fila. Um homem muito bonito apareceu, passando na frente de todos e indo falar com a moça no balcão, que claramente estava se derretendo por ele. Mas ele não pareceu notar ou se importar.

Ao se virar, ele passou os olhos por Vasti. Os olhos verdes penetrantes dele eram incríveis, contrastando lindamente com os cabelos curtos e negros. Por um segundo, Vasti achou que aquele Adonis não poderia ser real e que ele. Ela sentiu uma conexão com o belo homem, até ele virar o rosto com um ar de superioridade e seguir caminho, como se não a tivesse visto de todo. Vasti abaixou a cabeça. É óbvio que um homem lindo daquele não daria a mínima para ela, que possuía uma beleza comum: cabelos castanhos e olhos azuis claros, seu único charme e que, para o desgosto dela, tinha herdado do pai.

Ela entregou os documentos dela e, oficialmente, ela era empregada da MacGyver & Co. Temporária, mas era. Ela recebeu um crachá, um kit iniciante de escritório e uma pasta para organização. Os acessos a computadores seriam fornecidos pela própria senhorita Heidi Williams, a secretária a quem ela cobriria nos meses seguintes.

Já no hospital, Vasti entrou saltitante no quarto da avó.

-- Ora, eu vejo que está muito feliz! -- A idosa falou, sorrindo fracamente.

-- Vovó, eu consegui! O meu primeiro emprego na minha área. É temporário por seis meses, mas quem sabe eu não sou aproveitada em outro setor, não é mesmo?

-- Parabéns, meu amor! Você sempre foi muito esforçada. Eu estou tão orgulhosa!

As duas conversaram sobre os planos futuros e Janete tocou no assunto que a estava preocupando demais.

-- Vasti, eu sei que este hospital é muito dispendioso. Você tem certeza de que não quer que eu vá para outro?

-- Pode ficar tranquila, Dona Janete. Está tudo sob controle. Eu vou pagar o melhor que eu puder. Sempre. Se ficar muito pesado, eu vejo como faço. Mas a senhora vai ficar boa.

-- Minha menina de ouro -- Janete falou e lágrimas escorreram pelo rosto dela.

-- Não, vó, a senhora é de ouro.

O fim de semana foi uma correria para Vasti . Ela precisava deixar tudo preparado para a semana que ela teria.

Segunda-feira o alarme apitou às cinco da manhã. Vasti levantou, grogue, tomou banho, se preparou e desceu. Ela dificilmente tomava café da manhã, ainda mais quando estava super nervosa. Ela não queria arriscar vomitar. Seria humilhante demais uma coisa dessas acontecer no primeiro dia dela.

Vasti ainda nem tinha chegado à empresa e Heidi já tinha ligado para ela inúmeras vezes. Era necessário manter a agenda do Sr. MacGyver perfeitamente organizada e atualizada. Vasti precisava saber de absolutamente todo e qualquer compromisso que ele viria a ter. Por mais que Heidi fosse estar com ela pelas próximas duas semanas, ela já queria que Vasti entrasse no ritmo frenético que era a vida do patrão delas.

-- Você vai se acostumar. E quanto mais rápido fizer isso, melhor. Estou te esperando aqui! -- Heidi falou pelo telefone.

-- Obrigada. Eu não vou decepcionar! -- Vasti falou com confiança. Esse foi um dos motivos de Heidi tê-la escolhido. Além das qualificações, é claro, Vasti tinha uma energia muito boa, era humilde e não parecia do tipo que daria em cima do patrão assim que colocasse os olhos nele. Essa era uma exigência do Sr. MacGyver.

A primeira pessoa a recebê-la foi uma morena bonita, de cabelos ondulados e sorriso largo. Melinda Barbosa, era o que se lia no crachá dela.

-- Bom dia! Bem-vinda! -- A moça disse, simpática.

-- Bom dia! Obrigada!

-- A senhorita Heidi já está vindo.

E estava, mesmo. Pois mal Melinda terminou de falar, a mulher esbelta de cabelos castanhos apareceu, com seus óculos de aro de tartaruga, que em nada diminuía a sua beleza. Principalmente quando ela sorria.

-- Bom dia, senhorita Phillips!

-- Bom dia!

Heidi a levou para fazer um mini tour pelo andar, que não era pequeno. Alí era a área mais próxima ao Presidente da empresa, a quem Vasti serviria. Outras pessoas trabalhavam ali, como assistentes.

A manhã foi muito corrida e Vasti já estava morrendo de fome quando o relógio marcou meio dia. Mas ela precisava ser liberada para o almoço. Então, ela decidiu ir até a copa e beber mais um copo de água a fim de enganar o estômago dela, que já começava a roncar baixo.

Ao se virar, ela deu de encontro com o que parecia ser uma parede e o copo entornou em cima dela, molhando a frente da blusa dela. Ela olhou para a blusa, antes de virar para cima e dar de cara com um par de olhos verdes penetrantes.

Ele olhou para a blusa dela e, depois, voltou a olhar para o rosto de Vasti. Ele levantou uma sobrancelha e passou por ela ,fazendo uma cara que Vasti só poderia interpretar como nojo.

Vasti colocou a mão na frente do corpo e foi para o banheiro. O Adonis era antipático.

"De todos os lugares, esse homem tinha que trabalhar no mesmo andar que eu!" Ela se lamentou mentalmente.

Antes que ela pudesse se sentar na cadeira dela, Heidi pediu que ela fosse até a sala dela.

-- Sim, o que houve? -- Vasti perguntou, após dar uma batida na porta para anunciar a chegada dela.

Heidi esfregou as mãos, nervosa e mordeu o lábio. Vasti sentiu um aperto no peito.

-- Ah, eu nem sei como dizer isso. Mas… eu apenas sigo ordens, ok? Você está demitida.

O sorriso de Vasti foi murchando e murchando.

-- Oi? -- Vasti perguntou, sem entender nada. Talvez ela tivesse ouvido errado.

-- Eu também não sei o que houve. Mas o patrão disse que não precisa dos seus serviços. Ele parecia irritado… Vocês tiveram algum desentendimento?

-- Mas… Isso é um absurdo! Eu não fiz nada de errado! -- Ela reclamou, exasperada. -- Moça, eu preciso desse emprego!

-- Eu entendo, mas eu não posso fazer nada. Você ia trabalhar com ele e, por alguma razão que só Deus sabe qual é, o Sr. MacGyver decidiu por não manter você. Eu sinto muito, mesmo.

Vasti nunca tinha se sentido daquela maneira. Não, na verdade, ela tinha, sim. Quando ela não fazia nada de errado e, ainda assim, ela levava a culpa, algo que quase sempre acontecia quando ela lidava com a madrasta e com a meia-irmã! Parecia até que o desgraçado do homem era da família dela, da parte de pai.

Ela se virou, foi até a mesa que estava ocupando e pegou as coisas dela, tentando ao máximo controlar as lágrimas que teimavam em querer escorrer pelos olhos dela. Mas as mãos de Vasti tremiam.

Heidi a olhou com pena. Assim que Vasti entrou no elevador, Heidi foi direto para a sala do patrão dela.

-- Por que fez isso com a moça? -- Ela perguntou -- Eu fiz a entrevista, ela tem todas as qualificações. E não só as acadêmicas!

-- Não, ela não tem. No primeiro dia que pisou aqui, já tentou me s**uzir! Essas são as qualificações?

-- O quê? O que houve, afinal? -- Heidi perguntou.

O homem, sentado na cadeira, com uma pose imponente, se inclinou levemente para frente e segurou a caneta dele displicentemente entre os dedos, sem tirar os olhos da secretária.

-- O que você ouviu. Ela fingiu esbarrar em mim para que a água que ela levava no copo caísse sobre a blusa, deixando-a transparente. E ficou me encarando com aqueles olhos que eu conheço bem o significado, Heidi. Essa mulher não serve para trabalhar aqui. Ela serve para outro tipo de serviço, não para ser a sua substituta pelos próximos meses!

-- Eu custo a acreditar nisso. Ela não me pareceu ser desse tipo. Ela precisa do emprego e não faria isso, porque… -- Heidi tentou argumentar, mas o homem balançou a cabeça e a interrompeu.

-- Eu sei do que estou falando. Agora, escolha outra candidata. E,dessa vez, por favor, escolha direito ou eu vou pensar que você está ou fazendo de propósito, ou a sua competência não está no nível mínimo aceitável.

Segurando a vontade de bufar e falar mais algumas coisas, Heidi saiu da sala do patrão. Ela tinha certeza de que ele tinha visto chifre em cabeça de cavalo. O pior de tudo era que uma moça que precisava tanto do trabalho, agora estava desempregada.

Heidi iria pensar se tinha como ela ajudar a moça, de alguma forma. Talvez conseguir um outro serviço em uma empresa conhecida.

Enquanto isso, Vasti voltava para casa, sentindo-se mais do que derrotada. Dizer que ela estava arrasada era apenas uma palavra fraca para descrever o sofrimento do coração dela.

Para algumas pessoas, talvez, não houvesse motivo para tanto barulho. Era puro drama, mas ela sabia o quanto isso estava longe da verdade. Perder aquele emprego significava que ela precisaria rezar para encontrar outro logo, ou, mais uma vez, teria que ir se humilhar para o pai dela. Aquilo era degradante.

Depois de chegar em casa, Vasti tirou os sapatos, colocou a bolsa na mesinha da entrada e foi para o quarto dela, se deixando cair na cama. E chorou. Por um bom tempo. Então, quando o sol já tinha ido dormir, Vasti se sentou e decidiu fazer uma coisa que ela não fazia com frequência: sair.

-- Alô, Nanda? -- Vasti falou assim que a ligação foi aceita.

-- Vasti! Nossa, achei que você tinha me esquecido! Como foi lá no trabalho novo? -- Vasti havia contado a Fernanda sobre o novo emprego e esta chegou a chamar Vasti para beber, ao final do expediente, para comemorar. Porém, Vasti, preocupada em não encher a cara e ir trabalhar no segundo dia com ressaca, recusou.

-- Eu preciso de um drink.

-- Oh, ho. O que houve? -- Fernanda sabia muito bem quando Vasti estava com problemas ou chateada.

-- Podemos nos encontrar hoje? -- Vasti perguntou, fechando os olhos e suspirando longamente.

-- Claro. Vem pro Shadow -- Fernanda falou. A empresa que ela trabalhava ficava perto da boate e, por mais que fosse cara, o namorado de Fernanda trabalhava lá, o que garantia descontos satisfatórios.

-- Beleza. Eu vou tomar um banho, me arrumar e já, já, eu chego aí.

--Tá.

Assim que a ligação terminou, Vasti se levantou da cama, praticamente se arrastou até o banheiro e tirou a roupa, entrando debaixo do chuveiro. Ela já estava arrependida de ter resolvido sair.

Após menos de uma hora, olhando-se no espelho, ela achou que estava aceitável. O vestido era azul marinho, com uma leve camada de brilho, bem sutil. As alças finas do vestido, mais o formato do busto, e o tecido, deixavam Vasti com um corpo de violão e ombros bonitos. Ela estava de cabelos soltos e uma maquiagem leve.

Vasti tinha uma altura mediana, em torno de 1.63m de altura, portanto, o salto alto reto preto de sete centímetros não a deixaram imensamente alta, mas seriam o suficiente para que ela ficasse com as pernas lindíssimas e alongadas.

Ela pediu um táxi e chegou ao Shadow depois de mais ou menos uma hora e meia que tinha falado com Fernanda. Esta esperava pela amiga na porta da boate.

-- Olha só essa gata! -- Fernanda falou e abraçou Vasti --Sorte que você é quietinha, se não, nenhuma garota aqui dentro teria chances, viu?

-- Deixa de graça, Nanda. Vamos ao que interessa.

-- Não é graça. Você é linda, mesmo. E sim, vamos ao que interessa. Me conta o que houve.

Apesar de Fernanda estar vestida com roupas mais de escritório, com a saia lápis e blusa de botão, ela não estava tão diferente de algumas pessoas, ali. Era comum elas saírem do trabalho e irem beber alguma coisa naquele local.

As duas foram para uma mesa e pediram seus drinques.

-- Eu fui demitida -- Vasti falou por fim, bebendo um pouco do conteúdo do copo dela.

-- Mas… -- Fernanda quase cuspiu a bebida dela -- Demitida? Como isso? Ah, não, me conta isso direito!

-- Eu sei lá. Eu cheguei, fui trabalhar e tudo estava indo muuuito bem. Até que eu fui beber uma água e esbarrei em alguém. Acho que era algum chefe de departamento, não sei. Mas quando voltei para a mesa, fui chamada na sala da secretária e demitida. Simples assim.

-- Isso é absurdo! Mas que homem cruel e sem coração é esse? Você só esbarrou nele! O alecrim dourado é feito de quê? Areia?

-- Eu não sei. Só o que eu sei é que estou sem emprego. E eu preciso trabalhar. Você sabe disso -- Vasti disse, cansada. Ela já não queria mais estar na boate. Pela manhã, ela teria que acordar cedo e procurar um novo emprego.

-- É, eu sei. Deixa esse velho sacana do seu ex-chefe pra lá. Se você quiser, acho que o Will arranja um emprego pra você aqui. Eu sei que não é o seu estilo, mas… Eu to sem vagas em aberto lá na empresa.

-- É sério? -- Vasti perguntou, mais animada. Sim, ela não era do tipo de trabalhar em boate como garçonete ou coisa do tipo, mas ela precisava de uma renda -- Eu aceito! Eu preciso pagar as contas da vovó e você sabe que o meu pai…

-- Eu sei. Mas você pode contar comigo. Eu não sou rica, mas… Se eu puder ajudar a tia Janete, ajudarei!

-- Obrigada -- Vasti falou sorrindo e tomou o restante da bebida dela, fazendo sinal para o garçom servir mais -- A propósito, o homem no qual eu esbarrei não era velho. Ele é bonitão, até. Se não fosse ser tão ruim…

-- Sério? Hmm. Uma pena, mesmo. Tem gente que é bonita por fora, e podre por dentro. Basta olhar pra sua meia-irmã. Aquela bruxa. Sem falar da sua madrasta.

-- Nem me fale…

As duas beberam mais um pouco e Will chegou até elas.

-- Como vão as minhas duas princesas? -- Ele perguntou. Ele era um moreno bonito, alto, com um sorriso encantador. Fernanda o conheceu ainda no ensino médio e eles tiveram os altos e baixos deles, namorando firme quase no final da graduação dela.

-- Estamos bem. E querendo dançar! -- Fernanda falou e estendeu a mão para Vasti, que recusou.

-- A próxima! -- Vasti falou -- Na verdade, eu preciso ir ao banheiro. Eu já volto! Fica aí com o Will.

Fernanda ficou na mesa com o namorado, esperando por Vasti.

Vasti estava um pouco tonta, já que não era acostumada a beber muito. Ela foi até o banheiro, mas ele estava ocupado. Ela esperou do lado de fora, mas após alguns minutos, nada de desocupar.

-- Oi? Vai demorar muito? - ela perguntou, dando uma leve batida na porta. Ela aproximou o ouvido ao não receber resposta e pôde ouvir um g**ido. Mas era masculino. Vasti olhou para a porta e levantou a sobrancelha, revirando os olhos, em seguida. "Mas que ótimo" -- Por favor! Gente, eu to apertada!

Barulho de roupa, zíper e, finalmente, a porta se abriu. Uma loira alta, bonita e com o batom borrada saiu de lá, passando os dedos pelo canto da boca. Vasti sabia o que a mulher estava fazendo.

-- Estraga prazeres! -- A mulher disse e passou por Vasti, batendo no ombro dela.

"Me poupe!" Vasti pensou, fazendo careta.

-- Ah, pois -- Ela acabou falando e se virou para o banheiro, quando deu de cara com aqueles olhos verdes que ela reconheceria de cara.

"Mas… Não é possível!"

Ele a olhava penetrantemente, com a mãos no bolso da calça e um sorriso de lado.

-- Você não desiste, não é? -- Ele perguntou, olhando-a de cima a baixo.

Isso trouxe Vasti, que estava olhando para ele de boca levemente aberta, à realidade. Ela franziu o cenho, olhando para ele de maneira incrédula.

-- Não entendi o que você tá querendo insinuar -- Ela devolveu o olhar de desdém a ele.

Ele zombou, olhando em volta rapidamente, antes de pousar os olhos nos dela, novamente.

-- Eu detesto mulher que se faz de sonsa. Se você quer tanto, basta falar. Não tem que ficar de jogos e, muito menos, me perseguindo.

Vasti abriu a boca, dessa vez, sem acreditar no que estava ouvindo.

-- Como é que é? -- Ela esbravejou -- Você é maluco? Deve ser, mesmo. Porque por sua culpa, eu fui demitida! E eu nem sei o motivo. Foi porque eu esbarrei em você?E agora, não satisfeito, está me acusando de TE perseguir? -- Ela soltou um riso de deboche e o olhou de cima a baixo -- Pra sua informação, eu vim com a minha amiga, que conhece gente que trabalha no local! Essa é a boate que visitamos normalmente. E eu só vim aqui porque precisava espairecer depois de um certo ba**ca prepotente e metido a besta me demitir sem razão! Portanto, é mais fácil VOCÊ estar me perseguindo!

Ela sabia que não deveria falar assim com o chefe dela.

"Não, não, EX-CHEFE", ela se lembrou. Sim, ex. Isso significava que ela não tinha que segurar a língua dela coisa nenhuma. O homem estava claramente sendo um ba**ca e ela é quem tinha que ficar calada? Já bastava ser humilhada pela família, e agora mais aquela criatura que brotou do inferno?

O homem inspirou profundamente, antes de se mover rapidamente. Ele segurou o braço de Vasti e a puxou para dentro do banheiro e fechou a porta. Ela sentiu as costas dela baterem na superfície de madeira e antes que pudesse reagir, lábios quentes e macios tomaram os dela.

-- Oh! -- Ela soltou por reflexo. O homem prendeu as mãos dela acima da cabeça dela com apenas uma mão dele, que era imensa, enquanto a outra segurava firme na cintura de Vasti.

Ela abriu os lábios com a surpresa e ele aproveitou a chance para beijá-la mais profundamente, arrancando suspiros dela. O joelho dele ficou entre as pernas dela, abrindo-as e dando a ele mais acesso ao corpo dela. Vasti não era de beijar estranhos, mas ela estava se sentindo tão bem…

-- Ei! Vasti? -- Uma batida na porta fez Vasti dar um sobressalto. O homem não a soltou de pronto, mas sim aos poucos, deixando as mãos dela descerem.

-- J-já vou! -- Vasti gaguejou. Os lábios dela estavam levemente inchados e a respiração entre-cortada -- Me dá um minuto! Eu já vou sair!

-- Ok… -- E o barulho do salto de Fernanda se afastando foi ouvido. Vasti olhou para o homem. Ele estava com o cabelo impecável, o rosto próximo ao dela e os lábios meio abertos. Ele deu um sorriso.

-- É melhor você ir pra casa, ou vai acabar se atrasando, amanhã -- Ele falou com a voz rouca.

-- Atrasar? -- Vasti perguntou, temendo que o cérebro dela ainda não tivesse voltado a funcionar direito.

-- Claro. Você é a minha secretária substituta -- Ele falou e deu um beijo rápido no pescoço dela, fazendo com que Vasti suspirasse -- Eu não gosto de atrasos.

Ele deu um passo para trás e, segurando na cintura dela, ele a colocou para o lado, a fim de que pudesse abrir a porta. O belo homem deu uma piscada e saiu porta afora, deixando Vasti ainda desnorteada.

As pernas dela pareciam feitas de gelatina, mas ela conseguiu sair do banheiro e ir para a mesa onde Fernanda e Will estavam.

-- Caramba! O que aconteceu? -- Fernanda perguntou, até que percebeu o estado da amiga. As luzes do local acabaram disfarçando, mas assim que Vasti se aproximou um pouco mais, ela viu. Os l**ios inchados e vermelhos, sem batom, os cabelos bagunçados e a roupa desalinhada.

Will também notou e segurou o riso.

-- Sua safada! -- Fernanda falou. Mas Vasti não respondeu nada. Ela parecia meio assustada. O sorriso de Fernanda morreu -- Pera aí… Alguém forçou você a alguma coisa?

Fernanda se levantou rapidamente, como uma leoa pronta para proteger a cria e olhou em volta.

-- Ah, não. Eu... Eu tenho que ir.

-- O quê? Por quê? -- Fernanda perguntou.

-- Eu não posso me atrasar amanhã.

Fernanda olhou para Will.

-- Do que você tá falando?

-- Pelo visto, eu consegui o meu emprego de volta.

Vasti pegou uma nota de dinheiro da bolsa, colocou em cima da mesa, deu um beijo no rosto de Fernanda, que não sabia o que dizer e se foi. Ela apenas deu uma acenada para Will, que correspondeu.

-- Sua amiga é maluquinha.

-- Eu vou descobrir o que rolou -- Fernanda disse -- Amanhã. Agora, você e eu vamos nos divertir um pouquinho.

Vasti saiu da boate e só então se deu conta de que nem sequer havia usado o sanitário.

"Excelente! Espero que o táxi não demore…", ela falou para si mesma.

-- Uma mulher como você, a essas horas e sozinha… É um tanto quanto perigoso, não é? -- A voz profunda do homem a pegou de surpresa, mas ela se virou devagar para encará-lo.

Capítulo 2 Espairecer
-- O que você quer? -- Ela perguntou deixando claro que estava sem paciência.

-- Isso é jeito de falar com o seu chefe? -- Ele sorriu de lado e abriu a porta do carro -- Entre.

Vasti soltou uma risada de zombaria.

-- Ah, sim. Claro -- ela falou e puxou o celular dela para pedir um táxi, ignorando o que ele falou sobre ser o chefe dela.

-- Entre -- Ele falou novamente, porém mais firme -- Eu falo sério quando digo que aqui é perigoso.

-- Muito obrigada, mas isso não é da sua conta. Além disso, você me parece perigoso, também. Não te conheço!

Ela falou, seca. Depois do que eles tinham feito no banheiro, entrar em um carro com ele, apenas os dois, não parecia a Vasti a melhor das opções. "Ele é uma t**tação e eu não posso deixar esse p**ife tirar proveito de mim assim!".

Ele se aproximou dela e cobriu a mão dela que segurava o celular, mas delicadamente.

-- Por favor -- Ele pediu e olhou para ela com o rosto sério -- Vou me comportar.

Vasti olhou para ele e para o carro, depois, para a rua. O local era muito movimentado durante o dia, mas não pela noite. E ela sabia disso. O local estava, de fato, meio vazio. Seria burrice ficar ali sozinha. Além disso, havia câmeras ali… Ele não faria nada de errado, certo? Saberiam que foi ele.

-- Ok -- Ela finalmente aceitou. Vasti passou pelo homem e entrou no banco do passageiro. Ele fechou a porta para ela e ela atracou o cinto de segurança, esperando que ele entrasse no veículo. Ela não entendia de carros, mas aquele era carro de gente rica, com certeza. Os bancos de couro e o painel cheio de botões touch, além de uma tela de bordo.

Ele entrou, cumpriu com os requisitos antes de iniciar a jornada e ligou o carro.

Após uns minutos, ele, sem olhar para ela, falou.

-- Você é bem rebelde, não é?

-- Como assim? Por que diz isso? -- Ela perguntou, curiosa.

-- Pela forma como você me respondeu. Não só na sua recusa de agora, mas mais cedo, no banheiro.

Ao ouvir a menção do cômodo da b**te, ela corou e olhou para as mãos, mas logo olhou para frente. Ela não demonstraria fraqueza.

-- Isso não foi rebeldia -- ela respondeu tranquilamente -- Apenas me defendi. E, na minha recusa, eu não fui rebelde. Não é como se eu devesse obediência a você.

-- Ao senhor -- Ele a corrigiu.

-- Não estamos no trabalho. "Você".

Ele riu.

-- Como eu disse, rebelde.

Vasti olhou pela janela e viu que estavam perto da vizinhança dela e só então ela se deu conta de algo.

-- Ah… Eu não falei onde moro.

-- Não precisa -- Ele respondeu, rapidamente, como se aquilo não fosse nada de mais.

-- Como não? Vai ficar rodando à toa?

-- Eu sei onde você mora, Senhorita Vasti Phillips.

Ele lançou um olhar rápido a ela, antes de estacionar perto do prédio dela.

Ela o olhou, surpresa. Ele a chamou pelo nome e ela ainda não sabia o nome dele.

-- Por que você sabe meu endereço? -- Ela perguntou, pausadamente, sentindo o pânico se instalando dentro dela.

-- Você é minha funcionária. Seus dados estão no RH.

Ela o olhou, incrédula e apertou os olhos.

-- Então, o senhor está me dizendo que sabe o endereço de todos os funcionários que são subordinados ao senhor? Impressionante -- É claro que ela estava sendo sarcástica. O homem se libertou do cinto de segurança e se virou para ela.

-- Só dos que me interessam.

O olhar dele era, novamente, muito profundo. Ele não desviou os olhos dos dela, mas foi como se ele a estivesse d**pindo, ali mesmo.

-- Obrigada pela carona, Sr…? - Ela falou, dando a deixa.

-- Boa noite, senhorita Phillips -- Ele repetiu e a olhou seriamente.

Ele entendeu muito bem o que ela quis dizer, mas simplesmente a ignorou. Ela deveria saber o nome dele. Ele era o chefe dela. Era, inclusive, ofensivo para ele que a funcionária desconhecesse tal dado.

-- Seu nome? Por favor -- Ela insistiu. Vasti sabia que o dono da empresa era o Sr. MacGyver. Porém, ela não sabia o nome daquele homem, ainda que ele trabalhasse no mesmo andar que ela e, aparentemente, fosse um dos superiores.

-- Você sabe qual o meu cargo na empresa?

-- Na verdade, não. Eu não sei quem é você, além de ser o homem que demitiu e, depois, me disse que eu teria o emprego de volta. Por sinal, como fará isso? Falou com o Senhor MacGyver tão rapidamente a essas horas?

Ele se aproximou mais dela e sussurrou no ouvido de Vasti.

-- Adônis -- Ele olhou para ela e piscou -- Adônis MacGyver, o Presidente da empresa.

O hálito quente dele, a respiração, a fizeram fechar os olhos e suspirar. Ela se recriminou por isso.

"Ah, meu Deus… O próprio diabo! Calma, Vasti, calma!"

-- Boa noite -- ela sussurrou, colocando a mão na maçaneta da porta do carro, mas ele a parou, segurando-a.

-- Eu vou ensinar modos a você, mocinha. É "Boa noite, senhor" -- Ele afastou o rosto e a encarou -- Você vai aprender.

Dando um selinho nos lábios dela, ele permitiu que ela abrisse a porta. Vasti saiu do veículo com as pernas bambas.

-- E Senhorita Phillips? -- Ele a chamou, fazendo com que ela se virasse -- Lilás!

Ele disse, subiu o vidro da janela do carro e se foi.

Ela ainda ficou ali, olhando para a estrada, mesmo após o carro já ter sumido.

-- Maluco! O que ele quis dizer com "Lilás?"

Dentro do carro, Adônis sorria.

"Muito bem, ela quer brincar? Vamos brincar", ele falou para si mesmo. "Ela é linda demais! Talvez…"

E eu vou dominar você do jeito que você merece...

......

O que acontecerá a seguir?

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