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Eu testemunhei meu namorado e minha prima se contorcendo na minha cama, enquanto minha família ainda me deixou participar do casamento dela, sem me considerar.
Furiosa, eu dormi com um homem sexy na festa à fantasia.
Não esperava que naquela noite eu engravidasse.
O pai da criança era meu chefe...
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— Ah, querido, você é incrível...
— E quem é melhor, eu ou a Catarina?
— Não mencione ela, como ela pode se comparar a você...
...
Eu testemunhei meu namorado Cláudio traindo minha prima, e os sons lascivos deles ainda ecoavam na minha mente.
E hoje, meus pais me deixaram ir ao casamento da minha prima!
Eu olhei para eles com firmeza e disse: — Eu não vou ao casamento dela! Ela não é minha prima!
- Errado foi ele, Catarina, que era seu namorado. – Minha mãe argumentou. – A Kelly, coitada, foi seduzida, ele a desonrou, agora vai se casar com ela pra ela não ficar mal falada na cidade.
- Ah, mãe! Me poupe e se poupe! A cidade inteira sabe que a Kelly é uma vadia... – Perdi a paciência.
- Catarina, olha o vocabulário! – Meu pai chamou a minha atenção. – Olha aqui, se você não quer conviver com a Kelly tudo bem, mas você vai a esse casamento. E chega desse comportamento grosseiro.
Achei que eu tinha ouvido errado.
- Você vai ao casamento da sua prima, Catarina. Isso é uma ordem! Nós somos os seus pais e você vai obedecer. – Minha mãe falava brava comigo, como se eu fosse a errada nessa situação.
- Sinto muito, mãe, mas eu não vou! Eu sigo as regras de vocês, eu sou uma boa filha, mas dessa vez não vai dar. Eu fui a ofendida! Eu tenho todo o direito de não querer ser a piada da família mais. – Falei já chorando.
- CHEGA, CATARINA! – Meu pai gritou e me assustou. – Você vai a esse casamento e ponto final.
- Mas, pai...
- Não quero saber, Catarina! É importante pra sua mãe manter a paz na família. Então você vai e pronto. – Meu pai falou não dando margem para questionamentos.
Fui para o meu quarto e passei a noite chorando.
No dia seguinte, eu contei tudo para minha melhor amiga, Melissa. Ela ficou furiosa, mas também queria que eu não ficasse presa a essa raiva.
Ela planejou me levar ao baile de máscaras para relaxar, e eu não recusei.
No sábado nos arrumamos na casa dela.
- Quê isso, hein, amiga! Tá gata demais! – Ela me entregou uma máscara dourada, linda, toda trabalhada como se fosse uma renda, que cobria até o nariz e eu a coloquei. Eu usava um vestido de cetim vermelho brilhante e a máscara combinou perfeitamente. – Então, estamos prontas?
- Sim estamos prontas. – Respondi e peguei minha bolsa. – Ih, esqueci meu perfume.
- Não, tem problema, você vai usar o perfume novo da minha mãe. Ela não se importa.
Quando o Fernando, namorado da Mel, nos viu sorriu, deu um beijo na Mel e disse:
- Garotas, vocês estão lindíssimas! Acho que você vai sair dessa festa com um namorado novo, Cat.
- Sem namorado, Nando. Na verdade, eu acho que é melhor eu ficar, eu não estou no clima pra festa. Por favor, Mel, deixa eu ficar?
Não teve jeito, minha amiga me arrastou para o baile. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido:
- A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! –A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma.
Melissa me arrastou para a pista de dança e até que eu estava me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca:
- A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai?
- E por que não? Vamos dançar. – Sorri pra ele.
Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aquele sorriso lindo meio de lado! Ele era alto, ombros largos, um sorriso encantador e olhos azuis, tão azuis que eram quase violeta. Ele tinha uma boca que convidava ao pecado, cabelos castanhos, e quando me puxou pela cintura eu apoiei as mãos em seu corpo e percebi que ele era uma parede de músculos bem definidos. Embora a máscara não permitisse ver seu rosto, ele era muito charmoso e encantador.
- Eu estava observando você desde que chegou. – Aquele homem, com ar misterioso, falou no meu ouvido. – Você é tão linda!
- Você é gentil. Mas você não é da cidade, é? – Ele tinha uma presença forte, emanava poder.
- Não. Um amigo me convenceu a vir a essa festa.
- Parece que temos algo em comum, meus amigos também me convenceram a vir.
- Sorte minha!
- E por que? – Sorri.
- Porque eu fiquei fascinado quando te vi. Você é muito linda. – Enquanto ele falava no meu ouvido eu ia me arrepiando, sentindo meu rosto esquentar e o corpo formigar, ele realmente me encantou.
- Mesmo com a máscara?
- Mesmo com a máscara! Você é linda demais.
- Você é um sedutor.
- Você me acha sedutor?
- Você sabe que é. E lindo também.
- Que bom que você gosta do que vê.
– Eu me senti um pouco zonza, não sei se pela bebida ou pelo perfume delicioso que aquele homem usava. Acabei tropeçando nos meus próprios pés.
- Você está bem?
- Acho que preciso de um pouco de ar.
- Vem comigo. - Ele me puxou para um corredor sem iluminação que dava para uma saída de emergência e ficou assoprando o meu rosto. – Eu quero muito te beijar. Posso?
Esse homem, mesmo com a máscara, exalava sensualidade em cada movimento.
De repente, pensei: por que eu deveria continuar mergulhada na dor da traição?
A vida ainda tem muitas coisas maravilhosas, não tem?
Como agora.
Como se estivesse hipnotizada, eu assenti levemente e então lentamente abri meus lábios...
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